Mesma Prática = Resultados Medíocres

Há três dias publiquei o texto abaixo na página do instagram:


reprodução do instagram
"Esta é a segunda vez que vamos à @cantinadirene do chef @marceloynagata, de fato a gastronomia mantém sua qualidade e +justos, atendimento da brigada excelente, no entanto a prática para os vinhos ou denota a falta de interesse pelo assunto ou não se importa com a satisfação do cliente.
A carta é de uma única importadora (@domno_importadora), nenhum vinho conhecido do grande público e principalmente se pensarmos numa cantina de bairro, nenhum também na faixa dos $50, preço razoável para clientes de cantina, e o pior o vinho que escolhi, não tinha (Namaqua Pinotage). Uma pena, a prática de vender a carta a um único fornecedor é antiga e não inteligente!"

Jamais passa pela cabeça a crítica pela crítica ou a reclamação vazia, do tipo "não gostei". Gosto da ideia (recente) da crítica produtiva, quando é possível fazer uma critica e apontar soluções. 
Nesse caso especifico não há nenhuma nova ideia, apenas entendia há muito tempo que não era mais possível ter bons resultados utilizando a prática fornecedor 100%. Historicamente, cerca de 2 décadas atrás, o mercado tinha poucos importadores e um gigante, assim para ele manter a concorrência longe oferecia-se muitas vantagens em troca de exclusividade dos vinhos oferecidos em um restaurante.
O que oferecia? Desde a simples confecção da carta de vinhos, adegas climatizadas, produtos consignados e até dinheiro, em espécie. 


A prática ainda persiste, apesar da estupidez! É estupido, pois o restaurante fica amarrado a um fornecimento que dita as regras, de prazo, de entrega e habitualmente com um contrato ameaçador. Para o fornecedor, pois corre o risco do estabelecimento não seguir adiante, não conseguir cumprir o acordo, ou simplesmente mudar de ideia, digamos porque a sociedade mudou.

Já fiz cartas de vinhos para grandes restaurantes e mesmo tendo sido treinado na gigante pioneira dessa prática não fazia sentido algum absorver essa solução, por diversas razões, mas uma fundamental: "O Cliente!" 
Naquele dia era mais um cliente e fiquei imaginando a maioria daqueles que pediam a carta e não conheciam nem 10% dos vinhos que estava ali. Muitos procuraram um chianti, um periquita, corvo, reservados... enfim vinhos que estariam familiarizados até para que se sentissem confortáveis, seguros, em arriscar por algo novo. 

Acho absolutamente saudável as empresas lutarem por seus espaços, mas é inteligente promover a competência. Se a empresa que fez a carta tivesse oferecido as mesmas vantagens e um "sommelier" um técnico para montar a carta e esse incluído mais um ou dois fornecedores, ele continuaria com vantagem competitiva, ganharia a confiança da brigada e o consumidor ficaria ainda mais feliz.
O que vejo é que essas empresas fazem a carta 100%, esquecem de treinar e estimular a brigada, não realizam a reposição do tempo adequado, introduzem vinhos que não reflete a realidade nem do mercado, muito menos do seu cliente, ao invés de criar uma marca, uma boa imagem, ainda ganham a fama de vilão, de gananciosos, isso o consumidor não perdoa!
Para o restaurante fica a imagem não amigo do vinho!

Quer melhores resultados? Pense, planeje e adeque uma prática 
que sirva exclusivamente ao seu negócio!

*Clique e tenha uma ideia de como montar uma carta de vinhos.



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