E não é interessante mesmo essa
brincadeira de palavras: com o passar dos anos, os vinhos ficam melhores.
Sabemos que não é sempre verdade, mas quando a estrutura é boa, aí essa
afirmativa se torna realidade, assim com o homem, não é?
Recebi de presente essa frase,
um presente do acaso, um presente da natureza, um presente do relacionamento
entre pessoas especiais.
Sempre o encarei o vinho em
minha vida como algo que me fizesse melhor.
Aprendi muito fazendo analogias, ligando o vinho ao gênero humano. Lembro que uma das primeiras coisas diferentes que ouvi foi com o cuidado dos grandes vinhos, que deveríamos carregar essas garrafas como se fosse um bebê, mantendo-as deitadas, sem mexer muito... Era engraçado, mas foi a partir desse aforismo que me dei conta da primeira analogia que fiz: o vinho nasce, cresce, envelhece e morre!
Aprendi muito fazendo analogias, ligando o vinho ao gênero humano. Lembro que uma das primeiras coisas diferentes que ouvi foi com o cuidado dos grandes vinhos, que deveríamos carregar essas garrafas como se fosse um bebê, mantendo-as deitadas, sem mexer muito... Era engraçado, mas foi a partir desse aforismo que me dei conta da primeira analogia que fiz: o vinho nasce, cresce, envelhece e morre!
Daí por diante muitos conceitos
foram explorados dessa forma, como o da identidade, da cor, da harmonização, etc.
Realmente os vinhos são como os homens, e como disse o filósofo, advogado, político do império romano Cícero: “Os vinhos são como os homens: com o tempo os maus azedam e os bons apuram”. Mas, aí vem essa frase que intitula esse artigo e me faz pensar como os vinhos se apropriam dos nossos momentos e se mistura à nossas vidas.
Realmente os vinhos são como os homens, e como disse o filósofo, advogado, político do império romano Cícero: “Os vinhos são como os homens: com o tempo os maus azedam e os bons apuram”. Mas, aí vem essa frase que intitula esse artigo e me faz pensar como os vinhos se apropriam dos nossos momentos e se mistura à nossas vidas.
Apesar de ter sido apresentado
ao vinho ainda quando era um pré-adolescente, na forma da vinhada (vinho misturado em água e adoçado), - o que para mim era uma
glória, poder beber do mesmo vinho que meu pai e toda família - sei que o vinho
é uma bebida da idade adulta. Ele começa a nos acompanhar quando atingimos uma
certa maturidade, a idade certa para aproveitarmos com prazer o degustar do bom
da vida. Coincidentemente o melhor do vinho é aproveitado quando ele atinge a
maturidade. Claro que antes podemos beber, assim como aproveitamos o frescor da
vida, mas quando muito jovens esses vinhos também são frescos e alegres, mas
falta um pouco de corpo, de estrutura.
E é a experiência que nos torna
melhores, que nos ensina a encontrar os melhores momentos para se tomar uma
decisão, a hora certa de abrir a porta para uma paixão, a medida correta para
conversar com os filhos e de alguma forma muito impressionante, aqueles que têm
os vinhos como companheiros fazem isso no caminho da sabedoria.
Você deve estar se perguntando,
é, mas tem muito vinho ruim ao longo do caminho. E eu te diria que bebemos
conforme o crescimento, o desenvolvimento. Com o tempo também melhoramos a
escolha dos vinhos.
O que é muito curioso é que são nos vinhos mais antigos que encontramos os grandes líquidos. Em realidade me refiro aos produtores mais antigos, mas é certo falar vinhos, pois eles têm mais de duzentos, quinhentos, mil anos de história.
Veja o caso do Chianti da família Ricasoli, considerada a criadora do vinho, são cerca de mil anos de história e seus vinhos são sempre considerados entre os melhores no seu estilo e os melhores do mundo. Já os vinhos de Bordeaux, na França que sempre foram sinônimos de qualidade e os que criaram a fama da frase mais velho, melhor. Esses castelos (chateaux) produtores têm vários séculos de existência, talvez por isso a Baronesa Philippine de Rothschild (Château Mouton Rothschild) disse, de forma bem humorada, que produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são difíceis.
O que é muito curioso é que são nos vinhos mais antigos que encontramos os grandes líquidos. Em realidade me refiro aos produtores mais antigos, mas é certo falar vinhos, pois eles têm mais de duzentos, quinhentos, mil anos de história.
Veja o caso do Chianti da família Ricasoli, considerada a criadora do vinho, são cerca de mil anos de história e seus vinhos são sempre considerados entre os melhores no seu estilo e os melhores do mundo. Já os vinhos de Bordeaux, na França que sempre foram sinônimos de qualidade e os que criaram a fama da frase mais velho, melhor. Esses castelos (chateaux) produtores têm vários séculos de existência, talvez por isso a Baronesa Philippine de Rothschild (Château Mouton Rothschild) disse, de forma bem humorada, que produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são difíceis.
Arrisco-me em dizer que essa
convivência entre homens e os vinhos fazem deles cada vez mais humanos e cada
vez melhores.
Realmente cada vinho que passa,
os dias ficam melhores!
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