O Vinho é Verde.

O que procuramos em um vinho? 
As motivações são as mais diversas, desde simplesmente apenas beber um vinho, até explorar cada detalhe, mas no final o que buscamos é o prazer de beber um bom vinho.
 São muitas as possibilidades, podemos descobrir ainda mais novidades de estilos, maturação, guarda, tipos, produções artesanais e não obstante nos depararmos com grandes surpresas.

O vinho verde foi uma dessas surpresas que descobri décadas atrás. Acompanhei um grande produtor desse vinho, aliás, um doce de pessoa o Sr. Acácio, que me trouxe um vinho tinto bem diferente. Adorei! Um tinto verde, leve ligeiramente frisante, refrescante com muitas possibilidades de harmonização.
Desde então sempre que posso provo os tintos da região (que são raros por aqui) e habitualmente os brancos.

Mas como um vinho é verde?
Na sua região, em Portugal ele é chamado de "vinho verde" pelo sentido oposto ao "vinho maduro", por outro lado alguns creditam o nome a região, dizem que ao chegar do alto o que se via era um “mar verde” no sentido da coloração das plantações. Explicitando, costumo dizer que esse é o vinho da região verde de Portugal. É um lugar que está sempre verde. Chove muito, uma região fresca, sempre verde. Outra explicação é que em Portugal havia o hábito de se beber apenas vinho maduro. Como o Verde é para ser bebido jovem, criou-se a expressão. Mas é difícil explicar a origem, principalmente quando o assunto é o tinto.

No Minho (principal região) se consegue brancos muito típicos, únicos em seu estilo. Leves, frutados e refrescantes, de ótima acidez, que alcançam um toque de classe quando elaborados por um produtor talentoso. Apesar do nome (verde), os melhores vinhos verdes são elaborados com uvas perfeitamente maduras.
Os tintos são feitos basicamente pelas castas Espadeiro, Rabo de Ovelha e Vinhão, não é um vinho para se beber na temperatura ambiente, mas sim refrescado.  O tinto verde é um vinho para abrir e beber. Tem uma graduação alcoólica muito menor que os demais tintos, mas é um vinho com bela acidez, que harmoniza com comidas gordurosas e as típicas portuguesas.
Para harmonizar, são perfeitos (tanto tinto como brancos) como aperitivo.
O branco vai muito bem com refeições leves como mariscos, peixes grelhados e o bacalhau. Já o tinto com bacalhau, cabrito, sardinha, feijoada, comida pesada com gordura e apimentada.

O melhor ainda é que esses vinhos são encontrados a preços acessíveis e mesmo os melhores dificilmente se afastam do R$ 100.

Dicas: Além do QPA, volto com esse belo vinho o Condes de Barcelos branco (na faixa de R$ 45,00). Bem aromático e característico, muito delicado e fino, resultado desse 100% uva da Loureiro. A fruta verde prevalece e na boca tem uma acidez refrescante, equilibrado. 

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