MOVI e o Chile da...Carmenérè?


Nessa segunda-feira aconteceu no Cantaloup, em São Paulo, a apresentação do MOVI (Movimento dos Vinhateiros Independentes) do Chile. Pude provar belos vinhos desses vários produtores que constituíram uma sociedade de bodegueiros de vinhos de garage, ou butique.


O mais bacana mesmo foi a conversa ao final, quando Zoraida (Vinho Magazine), Suzana Barelli (Menu) e o viticultor Sergio Avendaño (Trabun) falavam sobre algo muito interessante. A pergunta era:
Por que o Chile fala tanto de Carmenénère, mas o que faz mesmo é Cabernet Sauvignon?

Essa pergunta causou espanto e surpresa ao viticultor Sergio, e eu confesso que me diverti, pois é a mais pura verdade. Eles mesmos não sabem bem o que fazer com essa uva, sugeri que eles voltassem ao passado e misturassem a uva ao Merlot novamente, mais uma boa risada veio à mesa.
Realmente a Carménère é uma uva de difícil adaptação, indefinição quanto ao melhor momento de colheita (que normalmente ocorre muito tarde) e por essas razões acabam sendo mais custosas que uvas mais tradicionais como a Cabernet ou Chardonnay...

Da degustação destaco duas vinicolas: a própria Trabun e a Starry Night, e os vinhos: Clos Andino Le Carménère 2010 (que leva também Cabernet e outras uvas, um vinho potente e interessante), o Peumayen 2009 (Carménère, Syrah e Petit Verdot, que me lembrou um vinho europeu estilo novo mundo, boa fruta e um belo caráter).

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