A Mulher e o Vinho


Um tempo atrás, mais de 10 anos, Roberto Shinyashiki foi meu padrinho de formatura em uma especialização que terminava. Na sua palestra ele falou de algo bem curioso: “O mundo não está globalizado, está mulherizado”.  Naquela época, e por se tratar de um curso de marketing, a onda era a globalização, mas coincidentemente eu trabalhava numa empresa de cosméticos e passei a me interessar mais profundamente pelo tema com relação ao vinho.
Já se falava de vinhos femininos, vinhos com características mais delicados, mais perfumados, além dos populares mais suaves. E o que de fato ligaria a mulher ao vinho?
O vinho é um fascinante objeto de desejo, simbolicamente ele representa para mulher poder e sensualidade, assim convidar uma mulher para um vinho demonstrava sensibilidade,
bom gosto e um “cuidar bem”, um proteger.

Economicamente, com o avanço da mulher em ocupar cada vez mais destaques, ela passa também, além dessa participação passiva diante do vinho, a ser cada vez mais influenciada pela presença da bebida nos seus encontros de negócios e sociais. Essa é a mola que serve para que se interesse ainda mais pelo vinho e venha a se tornar uma conhecedora, vencendo os vinhos suaves e passando aos espumantes e tintos leves até chegar aos grandes vinhos.
No entanto, sabemos que o paladar da mulher, por vezes, mais apurado que dos homens, inclinasse para os vinhos de bom corpo, porém com toques refinados e delicados. Por essa razão, no final da década de 90 e até os dias de hoje se fala que o vinho tinto da mulher é o Pinot Noir (nenhum um pouco bobas essas mulheres, rs!).

Outro fator interessante é que cada vez mais se apresentam dados de pesquisas relacionados à mulher e o consumo de vinho. Dessa feita se sabe que vinhos brancos ajudam no combate de alguns tipos de 
câncer só relacionados à mulher. Outro dado interessante é que as mulheres já são maioria na decisão e compra de vinhos chegando a mais de 60% nos EUA e segundo a Wine.com.br  (de Vitória), 49% dos comparadores são mulheres.
Agora o mais surpreendente vem no ramo da sexualidade. Um estudo italiano comprovou que mulheres que bebem vinho tem uma vida sexual mais prazerosa, provavelmente os antioxidantes do vinho tinto têm um efeito benéfico no revestimento dos vasos sanguíneos, e com a dilatação desses vasos aumenta a circulação sanguínea em áreas precisas do corpo, fazendo com que a mulher fique mais a vontade e mais disponível.

E por que a Pinot Noir acabou ganhando essa preferência feminina?
A resposta é simples: a Uva! É maravilhosa...

Pinot Noir
– Originária da Borgonha, França, provavelmente uma das uvas mais antigas com cerca de 20 séculos de existência. De características muito próprias e grande personalidade, é a única uva a compor os grandes Bourgognes tintos (França), além de também compor o exclusivo quadro das uvas de Champagne (Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier).
 Primam pela elegância, finesse e complexidade, com um maravilhoso e sutil aroma. Sua maior característica é o aroma adocicado e nível de tanino e pigmentação inferior a outras variedades de uva vegetais e minerais. Dá origem a vinhos frescos, sedosos e elegantes.
Destaque:

Dois vinho merecem destaque o neozelandês Nobilo Icon Pinot Noir (veja meu comentário) e o SulBrasil Dádivas Pinot Noir, produzido pela excelente vinícola brasileira Lidio Carraro, simplesmente um dos melhores vinhos brasileiros que provei na sua faixa de preço (em torno de R$ 40,00 - VQP).

Nobilo Icon Pinot Noir, importado pela Inovini (Aurora), da região de Marlborough, Nova Zelândia, se apresenta numa cor vermelho purpura intenso e brilhante. Aromas de frutas silvestres escuras, notas de especiarias e pão ligeiramente tostado. Na boca tem bom corpo, sedoso, bons taninos. Excelente frescor, frutas negras e especiarias e um final prolongado. Com seus imperceptíveis 13,5%  de teor alcoólico, face a seu equilíbrio e doçura, é um vinho que vai muito bem sozinho ou acompanhando aves de carne escura, como pato e carnes vermelhas leves. Na faixa de R$ 200,00

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